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Conceitos e recorte temporal do estudo

Com esse estudo, foi possível analisar o comportamento de eleitores em relação à sua participação ou abstenção no processo de votação, gerando reflexões sobre os rumos da democracia e possíveis caminhos para o futuro.

Para começar, entendemos a alienação eleitoral pela soma dos eventos:

Abstenção passiva

Não comparecimento ao local de votação


Abstenção ativa

Votos brancos e nulos

A alienação eleitoral no Brasil em períodos

De 1980 a 1990

Retomada de processos eleitorais livres e competitivos, com forte participação nas primeiras eleições, porém, com aumento da alienação.

De 1998 a 2006

Queda na alienação, marcado pela implementação das urnas eletrônicas (com impacto na redução de votos brancos e nulos) e pela participação ativa de eleitores.

De 2006 em diante

Crescimento lento, gradual e consistente na alienação.

Destaques que o estudo revelou

As urnas eletrônicas são um fator relevante na promoção da participação política da população, especialmente daqueles com menor nível de escolaridade, já que reduzem a chance de erro na hora de votar.

A abstenção passiva é maior entre jovens e idosos e menor entre pessoas com Educação Superior.

As eleições para o Legislativo (Federal e Estadual) apresentam os índices mais elevados de alienação eleitoral. Nas eleições de 2018, 26,4% dos eleitores optaram por não escolher seu candidato para o Senado.

Há um aumento da alienação eleitoral no Brasil desde 2006. O fenômeno é mais acentuado na região Sudeste e, sobretudo, nas regiões metropolitanas, onde o principal impacto é nas eleições locais.

Nas eleições presidenciais, o não comparecimento à votação cresce no segundo turno.

As urnas eletrônicas são um fator relevante na promoção da participação política da população, especialmente daqueles com menor nível de escolaridade, já que reduzem a chance de erro na hora de votar.

Há um aumento da alienação eleitoral no Brasil desde 2006. O fenômeno é mais acentuado na região Sudeste e, sobretudo, nas regiões metropolitanas, onde o principal impacto é nas eleições locais.

A abstenção passiva é maior entre jovens e idosos e menor entre pessoas com Educação Superior.

Nas eleições presidenciais, o não comparecimento à votação cresce no segundo turno.

As eleições para o Legislativo (Federal e Estadual) apresentam os índices mais elevados de alienação eleitoral. Nas eleições de 2018, 26,4% dos eleitores optaram por não escolher seu candidato para o Senado.

A alienação eleitoral é menor nas eleições locais, principalmente em relação a votos brancos e nulos.

O nível educacional é a variável mais relacionada ao comparecimento às urnas.

Pessoas que se identificam com algum partido votam cerca de três vezes mais nas eleições presidenciais e duas vezes mais nas eleições proporcionais.

Questões como a crença na efetividade do voto, a satisfação com a democracia e com o governo influenciam diretamente na participação do eleitor.

Como chegamos a esses resultados?

Análise estatística das eleições municipais, estaduais e presidenciais desde a redemocratização consolidadas pelo Tribunal Superior Eleitoral nos últimos quarenta anos.

Estudo da evolução heterogênea da alienação entre as diversas regiões brasileiras e diferenças entre municípios pequenos e regiões metropolitanas.

Identificação de variáveis que afetam a abstenção passiva e a abstenção ativa a partir de dados coletados pelo Centro de Estudos de Opinião Pública da Universidade de Campinas (CESOP/UNICAMP).

Reflexões para a participação ativa dos eleitores

Urnas eletrônicas

A implementação das urnas eletrônicas promoveu um aumento significativo no exercício da democracia no Brasil. Por isso, é fundamental dar continuidade ao seu uso.

Distância entre representantes e representados

Investir no fortalecimento da vida comunitária e no aumento da confiança interpessoal e institucional é fundamental para aumentar a participação do eleitor na democracia brasileira.

Complexidade e compromisso

Os resultados comprovam a necessidade de defesa da educação, dos valores democráticos e do exercício pleno de direitos e deveres para o desenvolvimento do nosso país e de uma nação pronta para assumir o protagonismo frente aos desafios impostos pelo século XXI.

Juventude: formação e engajamento

É preciso expandir o número de programas para jovens voltados à conscientização e formação do exercício democrático e, ainda, aumentar o engajamento de debates públicos para uma participação política além do voto.

Baixe o estudo gratuitamente

O estudo “A alienação eleitoral no Brasil democrático” apresenta uma revisão da literatura acadêmica nacional e internacional sobre a temática e busca compreender as dimensões relativas à participação ou não dos indivíduos no processo de votação, além dos principais aspectos nesse contexto.